quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fique ligado!!!

Em 2000, cientistas fizeram uma previsão preocupante para o mundo: em 2025, uma em cada três pessoas estaria sofrendo com falta de água. Agora, uma nova avaliação surpreendeu e alarmou os pesquisadores. Eles descobriram que a sede já é um problema para mais de um terço da população mundial desde 2005. Nos últimos cinco anos, mais de 700 especialistas trabalharam para formular o relatório “Avaliação Compreensiva da Gestão de Água na Agricultura”. Os pesquisadores registraram dois tipos de escassez de água: a física, verificada quando os próprios recursos naturais são insuficientes para atender a demanda da população; e a econômica, provocada por falta de investimentos no setor.
Falta de água não significa apenas sede, mas também fome. A produção agrícola é a atividade humana que mais consome água. Em média, cada caloria de alimento requer um litro de água para ser produzida. A produção de um quilo de cereais requer algo entre 500 e 4 mil litros. O processamento industrial de carne, 10 mil litros. 
Para fornecer uma média de 3 mil calorias por dia para cada uma das 6,1 bilhões de pessoas do planeta anualmente é necessário o equivalente a um canal de água de 1 metro de profundidade, 1 quilômetro de largura e 7 milhões de quilômetros (180 vezes o diâmetro da Terra) de comprimento. Se for levado em consideração que o planeta deve ganhar mais uns 2 ou 3 bilhões de habitantes até 2050, é possível entender o porquê de tanta preocupação.
A escassez física de água (em vermelho) é mais evidente no norte da África, no Oriente Médio e em partes da Ásia, dos Estados Unidos, do México e da Austrália. A falta econômica (em amarelo) é visível na maior parte da África, no norte da Índia, no Laos, no Camboja e em parte da América Central (da Guatemala ao Panamá, no Haiti e na República Dominicana). O Brasil e a maior parte da América do Sul – com a exceção do oeste do Peru, que está se aproximando da falta física de água - estão localizados em áreas com água abundante (em azul), onde menos de 25% dos recursos hídricos são usados em atividades humanas. O estudo foi coordenado pelo Instituto Internacional de Gestão de Água e apoiado pelo Grupo Consultivo sobre Pesquisa Agrícola Internacional, pelo Fundo da ONU para Alimentação e Agricultura, pela Convenção Ramsar sobre Áreas Úmidas e pela Convenção sobre Diversidade Biológica.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Vírus do Orkut" rouba informações bancárias dos internautas

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

Piratas virtuais descobriram uma maneira de usar o site de relacionamento Orkut para lucrar. Utilizando o nome da popular página, pessoas mal-intencionadas conseguem instalar no micro das vítimas o código malicioso Banker.abg, que rouba informações bancárias digitadas no computador.

Com esses dados em mãos, é possível, por exemplo, realizar transações financeiras sem o consentimento do titular da conta bancária. A estratégia foi identificada nesta semana pela empresa de segurança Batori.

Para aplicar o golpe, os piratas enviam e-mails em português dizendo que os internautas devem fazer atualizações do Orkut --o objetivo, dizem, é evitar problemas já tradicionais do site, como mensagens de erro.

Nesse e-mail há um link que leva o usuário para a página original do Orkut. A novidade fica por conta de uma janela, sobreposta ao site, que pergunta se o usuário quer fazer as atualizações. Quando aceita a proposta, ele baixa involuntariamente em seu computador o Banker.abg.

A praga --já identificada em outros ataques, antes desse via Orkut-- tem como principal objetivo roubar informações de acesso a contas bancárias. Ela identifica quando o internauta entra em sites de instituições financeiras, e rouba os dados digitados nessas páginas. Entram aí agência, conta e até a senha digitada no teclado virtual.

Alto risco

A estratégia recebeu alerta vermelho da Batori, pois é possível que todos os membros do site vejam essa atualização como vantajosa --quem nunca se deparou com mensagens de erro no Orkut? Além disso, o fato de a página original ser exibida durante todo o tempo não desperta desconfiança entre as vítimas em potencial.

"Os programadores mal-intencionados exploram uma brecha do site de relacionamento para poder associar a página original à janela que tem a proposta de atualização. Esta janela redireciona o internauta para outro servidor, no qual o vírus está hospedado", afirma Denny Roger, diretor da Batori.

Segundo o especialista, os piratas já completaram duas fases de seu "trabalho": descobriram os e-mails das vítimas e espalharam o vírus pela rede. O próximo passo, afirma, é acessar as contas bancárias desses internautas e fazer transferências financeiras.

Aqueles que já foram vítimas do golpe, clicando "sim" para a proposta de atualização, devem entrar em contato com seus bancos, para que as instituições façam um atento monitoramento da conta. Os usuários também devem manter seus antivírus atualizados, pois eles podem proteger as máquinas contra ataques do Banker.abg.

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